Nunca fui de me assustar com idade mas ao completar 80 anos no mês passado fiquei mobilizada.
Meu Deus, que vida longa! Não quis festejar, mas as flores, cartões, presentes, foram chegando eu me emocionando com tantas palavras bonitas de filhos, netos, sobrinhos, amigas, afilhadas e depois de mais de 30 telefonemas parei pensei e senti afinal minha vida tinha valido apena. Não foi atoa que se lembraram da data, comecei a pensar na ligação positiva que tive com todas elas e de cada uma brotava uma recordação agradável. Gostei mais do que se tivesse feito uma comemoração que pelo visto teria sido concorrida, alegria barulhenta, mais não teria tido a oportunidade de ficar com cada um através de seus dizeres afetuosos no silêncio da casa vazia.
Pronto, passou, já me conformei de ser idosa, porém com saúde suficiente para não dar muito trabalho. Não tenho mais medo da morte, com o tempo, as realizações a agente vai se saciando da vida e desejando partir antes de passar por mais perdas dos queridos que se vão.
Mudando da velhice para infância quero contar das minhas bisnetas que passaram uns dias aqui no Rio.
Carol é recém-nascida daquelas que choram sem parar. Cólicas? Ansiedade de existencial? Quem vai saber?
A única técnica que suaviza um pouco é o sábio colo-andante. E haja avós, pais, babás para dar conta...
Mas a boa notícia é que ela esta ganhando peso, o que estava nas preocupando. Gabi é tudo que se deseja numa criança: Bonita, inteligente, afetuosa e espirituosa. Nos momentos da choradeira costuma dizer: “Carol para, por favor, que a Gabi não agüenta...” Adoro outra expressão que usa de vez em quando “Bivó, não conchigo é alto, está quente...”
Seu aniversário de 2 anos foi um acontecimento, teve de tudo, balões coloridos, mesa enfeitada, bolo, presentes, teatro de marionetes e muito mais. Creio que não só os pais e avós se divertiram mais ela também “curtiu” cada momento.
Vou voltar ao passado para contar dois fatos que me tocaram profundamente, cada um do seu jeito.
Dia 29 de Outubro de 2008 não esquecerei nunca, pois foi o dia que cai no conto do seqüestro. Já tinha tido noticia deste fato a tempos atrás mais são tantos os truques e chantagens que deste, me havia esquecido. Ao atender ao telefone ouço terríveis ameaças a minha filha, escuto sua voz chorosa e pedindo socorro que poderia jurar ser a dela. Em pânico obedeci a todas as ordens sem pestanejar. Peguei os R$ 5.000,00 que tinha em casa e corri para o ponto de táxi mais próximo mantendo comunicação ininterrupta pelo celular com meus algozes. Respirava fundo e rezava para manter a calma. Como estava proibida de falar ao motorista tive a idéia de escrever no verso de um cheque, único papel que possuía para pagar a corrida entregá-lo ao chaufeur contando o que estava me acontecendo e o telefone dos seqüestradores, para que meus filhos pudessem saber o local que tinha sido deixada e tivessem uma pista por menor que fosse. Mais graças a Deus Naná e Paulo, não foi preciso, pois ela inteligentemente me acompanhou de longe para saber o ponto de Táxi onde peguei a condução e ele teve a idéia de mandar alguém lá para que avisassem que uma senhora com traje X sendo levada para Caxias estava sendo seqüestrada. Deus então encaixou tudo e foi no “último minuto do segundo tempo” que o motorista disse: “Senhora sua filha está no celular, vamos embora porque isto é um golpe.” Bendito sejam vocês meus queridos que me salvaram de prováveis torturas e extorsões. Ainda bem que tive um dia para descansar deste terrível choque e me preparar para a noite de autógrafos do dia 31.
Foi uma noite agradabilíssima em que tive o prazer de doar meu 1° livro chamado: “Primeiros Passos – da Psicologia à Espiritualidade.” As pessoas chegaram em bandos na Pizzaria Caprieciosa da Barra, Vera e eu procurávamos reuni-las de forma harmônica. Tenho certeza que a maior parte gostou desta reunião informal porque deixei o local depois de meia noite e alguns convidados ainda ficaram por lá. Estes episódios são mesmo um resumo de como é a vida, alegrias e tristezas se reservando para todos nós.
Alguns retornos daqueles que leram o livro e não tinham motivo para querer me agradar, foram críticas muito positivas. Valeu, este fato me alegrou e animou a continuar a escrever o “livro de contar a vida” como diz Clara uma das personagens de Isabel Allende do livro a Casa dos Espíritos.
Pronto, passou, já me conformei de ser idosa, porém com saúde suficiente para não dar muito trabalho. Não tenho mais medo da morte, com o tempo, as realizações a agente vai se saciando da vida e desejando partir antes de passar por mais perdas dos queridos que se vão.
Mudando da velhice para infância quero contar das minhas bisnetas que passaram uns dias aqui no Rio.
Carol é recém-nascida daquelas que choram sem parar. Cólicas? Ansiedade de existencial? Quem vai saber?
A única técnica que suaviza um pouco é o sábio colo-andante. E haja avós, pais, babás para dar conta...
Mas a boa notícia é que ela esta ganhando peso, o que estava nas preocupando. Gabi é tudo que se deseja numa criança: Bonita, inteligente, afetuosa e espirituosa. Nos momentos da choradeira costuma dizer: “Carol para, por favor, que a Gabi não agüenta...” Adoro outra expressão que usa de vez em quando “Bivó, não conchigo é alto, está quente...”
Seu aniversário de 2 anos foi um acontecimento, teve de tudo, balões coloridos, mesa enfeitada, bolo, presentes, teatro de marionetes e muito mais. Creio que não só os pais e avós se divertiram mais ela também “curtiu” cada momento.
Vou voltar ao passado para contar dois fatos que me tocaram profundamente, cada um do seu jeito.
Dia 29 de Outubro de 2008 não esquecerei nunca, pois foi o dia que cai no conto do seqüestro. Já tinha tido noticia deste fato a tempos atrás mais são tantos os truques e chantagens que deste, me havia esquecido. Ao atender ao telefone ouço terríveis ameaças a minha filha, escuto sua voz chorosa e pedindo socorro que poderia jurar ser a dela. Em pânico obedeci a todas as ordens sem pestanejar. Peguei os R$ 5.000,00 que tinha em casa e corri para o ponto de táxi mais próximo mantendo comunicação ininterrupta pelo celular com meus algozes. Respirava fundo e rezava para manter a calma. Como estava proibida de falar ao motorista tive a idéia de escrever no verso de um cheque, único papel que possuía para pagar a corrida entregá-lo ao chaufeur contando o que estava me acontecendo e o telefone dos seqüestradores, para que meus filhos pudessem saber o local que tinha sido deixada e tivessem uma pista por menor que fosse. Mais graças a Deus Naná e Paulo, não foi preciso, pois ela inteligentemente me acompanhou de longe para saber o ponto de Táxi onde peguei a condução e ele teve a idéia de mandar alguém lá para que avisassem que uma senhora com traje X sendo levada para Caxias estava sendo seqüestrada. Deus então encaixou tudo e foi no “último minuto do segundo tempo” que o motorista disse: “Senhora sua filha está no celular, vamos embora porque isto é um golpe.” Bendito sejam vocês meus queridos que me salvaram de prováveis torturas e extorsões. Ainda bem que tive um dia para descansar deste terrível choque e me preparar para a noite de autógrafos do dia 31.
Foi uma noite agradabilíssima em que tive o prazer de doar meu 1° livro chamado: “Primeiros Passos – da Psicologia à Espiritualidade.” As pessoas chegaram em bandos na Pizzaria Caprieciosa da Barra, Vera e eu procurávamos reuni-las de forma harmônica. Tenho certeza que a maior parte gostou desta reunião informal porque deixei o local depois de meia noite e alguns convidados ainda ficaram por lá. Estes episódios são mesmo um resumo de como é a vida, alegrias e tristezas se reservando para todos nós.
Alguns retornos daqueles que leram o livro e não tinham motivo para querer me agradar, foram críticas muito positivas. Valeu, este fato me alegrou e animou a continuar a escrever o “livro de contar a vida” como diz Clara uma das personagens de Isabel Allende do livro a Casa dos Espíritos.