sábado, 27 de junho de 2009

Lembranças


Laura, minha neta, partiu para Whashington D.C encontrar com Daniel, seu novo amor.

Na hora da despedida meu coração apertou e caí em prantos. Bobagem minha, pois tudo indica que vai construir uma vida feliz.
E ele por ter se destacado no curso que fizeram juntos em Londres ganhou uma bolsa de estudo de Pós-Graduação creio que em Ciências Políticas. O problema agora é conseguirmos um emprego para ela e assim obterem um pouco mais de largueza financeira e ela construir uma carreira.
Tem várias amigas de Vera e Paulo que estão procurando colaborar. Pressinto que vai dar certo e como disse uma amiga minha: “Laura tem que apostar nesta aventura, pois o principal ela já tem que é Daniel e amor é tão difícil de achar!”
Eu concordo, as outras etapas são mais fáceis.
Achei tão carinhoso da parte dele tranqüilizar Vera pelo Skipe, dizendo que fique sossegada pois pretende não só cuidar bem dela como fazer o possível para fazê-la feliz.
A intenção para mim já é uma grande passo.
Semana que vem teremos feriadões de S. João, Roberto vai para Minas, Vera para Angra e eu vou ficar aqui com Naná.
Ainda bem que conto com ela nessas horas, é um prêmio.
Renato e Rosani ficarão no Rio e penso fazer alguns programas com eles.
Quando eu era jovem adorava festas, fosse pular nos bailes, participar de quadrilhas, pular fogueira, tudo me divertia. A idade e as diversidades fazem a gente mudar. Perdi a animação, mas fazer o que?
Como diz minha amiga campeã internacional de “dar a volta por cima” tenho que me contentar com o que ainda possuo, ou seja, saúde, conforto e lembranças. Entre elas me ocorre uma ótima sobre festas. Quando ainda éramos namorados para me agradar, como Horst sabia que também gostava muito de Carnaval, comprou uma mesa no Teatro Municipal (caríssima) para Leonor, Maurício e nós dois. Foi um baile maravilhoso e eu não fiz por menos, me fantasiei de odalisca, modéstia a parte, eu estava mesmo bonita e ele vaidoso da bela namorada.
Quando a Quitandinha estava na moda fomos á varias festas.
Uma luta foi conseguir ir a Avenida no sábado das vencedoras assistir Roberto desfilar pelo Salgueiro, mas consegui e foi muito divertido e muito menos trabalhoso que imaginávamos.
Vale a pena recordar, assim acendemos as emoções relativas aos fatos.

Para combater o sentimento negativo, comecei a pensar no passado. Surgiram então imagens antiquíssimas de como festejávamos esta data. Havia um programa muito divertido que se chamava “Corso”. Cada família escolhia um tema de fantasia (tiroleses, odaliscas, escravas etc.) e assim vestidos, cada grupo decorava seu carro com os próprios personagens sentados nas capotas arriadas, nos estribos dos mesmos, nos capôs e etc.
O local era a Av. Rio Branco e como “e como se fosse um engarrafamento” por determinação, os carros iam a passo e muitas vezes paravam. Enquanto isso brincávamos com as pessoas dos carros mais próximos jogando serpentinas uns para os outros, confetes, lança perfume propiciando escolhas entre pares, flerts e danças nas ruas embaladas pelos sambas e marchas dos rádios dos carros que proporcionavam alegria e animação em plena Avenida. A idéia que tenho é que a visão do conjunto era como uma festa em que seus componentes e carros seriam a decoração. Mamãe preparava farnel com sanduíches e sucos e ali mesmo todos comíamos e nos divertíamos a valer. Quando adultos já dávamos preferência aos lindíssimos bailes que começavam com o do Avai no Iate Clube, este é claro exigia o mesmo tipo de fantasia para todos,só variando a criatividade e estilo de cada um.
É fácil imaginar que o cenário local contribuía para o esplendor da festa!
O baile do Teatro Municipal era o mais chique de todos, a decoração cada ano variava com o tema escolhido. Como os ingressos eram caríssimos aqueles que não podiam adquiri-los se colocavam para ver a entrada dos afortunados mais ou menos como atualmente assistimos pela TV a festa do Tapete Vermelho da entrega do Oscar em Hollywood. Vários clubes também abriam seus salões e a atmosfera de festa reinava 3 ou 4 dias em geral de forma sadia e alegre.
Por ordem da Prefeitura o Teatro Municipal foi interditado porque o trepidar da dança frenética poderia abalar as estruturas de tão linda e histórica arquitetura.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Quem sou eu?


Frequentemente penso nesta questão

Hoje me caiu em mãos o seguinte:

Você é fruto dos seus desejos
Que transformados em vontades,
Produzem suas ações.
Essas ações construirão seu destino

Upanishad IV.4.5

Concluo que devemos selecionar nossos desejos para no processo orientarmos com propriedade nossos destinos.
Vocês concordam?
Abraços de Cordelia.

sábado, 13 de junho de 2009

Ensino no Brasil


Ao meu ver exixte algo muito errado.
Porque a maioria das crianças detesta escola? Serão todas rebeldes?
O que acredito é que o orgão competente não atualiza o ensino tornando- o interresante e atraente por inercia, preguiça, desinteresse, sei lá! Penso que as crianças se interessam pelo que está aconteçendo agora seja na história, na ciência, na filosofia etc ... O que acrescenta a eles saberem que Pero Vas Caminhas escreveu a 1° carta do Brasil para o Rei de Portugal? Porque saber as idéias de Newton se já estamos na dos quantuns? Deixar de lado as idéias sobre a existencia como as de Yogamanda, Echar Tolle, Deepate Chopra e outros e troca-las por aula de catecismo. É de chorar! É longo o tempo que se passa na escola, por que nao fazer dele algo agradável e estimulante. Você perguntara: E ler, escrever e as quatro operações indispensáveis ?
Criança gosta de brincar e tudo isso pode ser desta forma. Falo de cadeira pois quando minha filha chegou na iade de jardim da infância, no suburbio em que eu morava nao havia este recurso, tive então que criar um. Com a ajuda da fábrica em que meu marido trabalhava que comprou minha ideia, montei uma escolinha piloto. Dei tanta sorte que encontrei professoras com o mesmo ideal e assim começamos a por em prática nossas idéias.
Histórias eram inventadas por todos e depois representadas por eles mesmos. Cartas eram escritas envelopadas, seladas e postadas num correio representado por uma aluna.
Para aprender a contar usamos blocos de madeira e assim tudo ia ficando divertido e concreto.
São só algumas técnicas pois falar de todas seria um tratado.
Penso também no local da aula e justa remuneração de boas professoras. Acho também que museus igrejas, deveriam ceder espaços para não faltar ensino aos menos favorecidos. Em regiões de clima seco, parques, jardins, até embaxio de uma arvore frondosa se pode com boa vontade, passar conhecimento.
Soube que já existe uma escola chamada da Roda que não tem lugar fixo só um ponto de encontro e as crianças adoram.
A cordenadora da minha Escolinha Bangu há muitos anos dirige escola super conceituada no Rio de Janeiro e mantem a mesma linha de conduta, formando pessoas criativas e bem sucedidas.
É isso que penso sobre ensino e se tivesse alguma influencia politica poria meu plano em ação pois já deu certo.

Nova fase


No meu diário não guardo cronologia com severidade, gosto de escrever quando estou inspirada.
Ontem foi dia que deixei minha casa para vir morar com Vera e Paulo. Falando a verdade não estava triste, pelo menos conscientemente. Quem já passou por situações como no meu caso, a doença inesperada e longa de pessoas queridas e a perda de Horst parecem que cria uma couraça para me defender de sentimentos menores. Foi com surpresa e alegria que entrei no meu novo quarto decorado com amor e bom gosto. Fiquei muito agradecida a Vera e Paulo por esta afetuosa recepção.
É verdade que a noite estava tão cansada que não pude aceitar o carinhoso convite de Roberto para uma noite de corrente de orações. Talvez o esforço para não me emocionar tenha se transferido para meu corpo, é possível.
Virando a página, como diz Rosani, dormi esta primeira noite num sono profundo, provavelmente por me sentir acompanhada e cuidada.
Agradeço a Deus por estes filhos (genro e nora) ma-ra-vi-lho-sos que Deus me deu, nem todo mundo ganha este presente da vida.
Recebi a notícia de que Carol está melhor a febre abaixou o que indica que o antibiótico está fazendo efeito. Obrigado meu Deus, o senhor é mesmo o máximo!
Estou escrevendo no quarto de Laura que está em São Paulo, para dar um descanso ao meu ar condicionado.
A canícula continua, creio que se medidas muito sérias não forem tomadas este planeta “vai para o espaço.”
Alô, Alô Obama! Começa logo a fazer algo inteligente para não esburacar mais essa camada de Ozônio!
Amanhã seria aniversário de D. Regina minha sogra, Horst gostava tanto dela que mais de cinco anos depois de sua morte ao levar flores para seu túmulo soluçava num pranto profundo.
Ele era tão amoroso!
Nem pensar em ligar para Freya é um acúmulo de muito dor.
Alegrias e tristezas se revisando quem consegue fugir delas?!